Para evitar paradas inesperadas e preservar a segurança, o sistema de arrefecimento do motor precisa ser monitorado de forma mais atenciosa. Afinal, durante o funcionamento, grande parte da energia presente no combustível é transformada em calor e sai pelo escapamento. No entanto, o restante deve ser dissipado no ar, óleo ou água.
É justamente por isso que o veículo pode ter prejuízos em seu desempenho que precisam ser identificados o mais cedo possível, visando evitar um verdadeiro efeito dominó. Fiz um artigo para ajudar você a entender como o arrefecimento do motor acontece, os principais cuidados relacionados e os defeitos mais comuns.
Vamos lá? Boa leitura!
O que é arrefecimento do motor?
O seu papel é muito importante na qualidade da parte mecânica do veículo. Na prática, ele preserva a temperatura em um nível considerado ideal para o funcionamento do sistema interno de modo geral. Um dos principais problemas é quando o funcionamento do sistema aumenta a temperatura e resulta em um superaquecimento capaz de comprometer o motor.
Então, torna-se indispensável gerenciar os níveis de temperatura apresentados no desempenho do veículo e garantir medidas eficientes a fim de conferir mais tempo de vida útil ao veículo.
Vale destacar, amigo estradeiro, que o fator que permite alcançar a refrigeração indicada e fugir de problemas da corrosão ou de ferrugem é uma combinação de peças e fluido capaz de preservar o motor.
Como funciona o arrefecimento do motor?
Bom, agora você sabe o que é o arrefecimento do motor. Ainda assim, vou explicar de maneira mais detalhada sobre como esse processo funciona para conseguir se prevenir em casos de problemas na estrada, ok?
O primeiro passo é a circulação do fluido presente no radiador, que acontece por meio da bomba d’água. Em seguida, ele é forçado a transitar pelas partes internas do motor, eliminando o aquecimento gerado após a combustão por meio da exaustão no ambiente externo.
Já a válvula termostática faz o controle do fluxo percorrido pelo fluido na parte interior do sistema. Isso acontece enquanto metade do líquido ganha calor e a outra metade acaba esfriando, enquanto espera no radiador que a válvula termostática seja aberta para imergir no motor.
O objetivo aqui é direcionar a água quente até resfriar o radiador. Esse ciclo surge cada vez que o fluido presente no radiador fica aquecido e alcança uma determinada temperatura que aciona a válvula.
Quais as peças que compõem esse sistema?
Seguir boas práticas de manutenção é um fundamental na hora de evitar falhas no sistema interno do carro em casos de superaquecimento. No entanto, também é interessante que você conheça quais peças fazem parte do sistema de arrefecimento do motor. Acompanhe:
válvula termostática;
reservatório;
radiador;
bomba d’água;
sensor de temperatura;
ventoinha ou eletroventilador;
fluído de água desmineralizada;
monoetilenoglicol;
inibidores de corrosão de origem inorgânica;
orgânica (OA) ou híbridos.
A proporção ideal dessa mistura é indicada pelo fabricante do veículo, assim como os principais sinais de problemas do sistema interno. Diante disso, saiba que ignorar os sinais de superaquecimento pode danificar o radiador, as partes internas do motor, as válvulas de admissão, os pistões, gerar expansão e deformar os cilindros.
Quais os tipos de sistemas de arrefecimento?
Existem dois tipos de sistemas de arrefecimento: o arrefecimento a ar e o arrefecimento a água. Vamos entender como eles funcionam? Pois bem, no primeiro caso, a atuação consiste na dissipação de calor por meio da atmosfera.
Já o arrefecimento por água pode ser dividido em dois sistemas: o por termossifão e o de circulação forçada. O de termossifão é formado por líquido de arrefecimento, bomba d’água, válvula termostática, radiador, ventoinha e válvula termostática.
O controle do fluxo do líquido de arrefecimento por meio da válvula termostática ao radiador é feito conforme a temperatura ideal de funcionamento do motor. Assim, o líquido de arrefecimento passa a circular entre o radiador e o bloco do motor enquanto realiza a troca de calor.
O sistema de circulação forçada, por outro lado, usa uma bomba centrífuga que promove a circulação do meio arrefecedor. Mas ele tem ainda uma espécie de válvula termostática que fica entre o cabeçote do motor e o radar.
O objetivo é assegurar o controle da temperatura, fazendo com que o nível de água do sistema possa ser reduzido de maneira significativa. Isso é possível porque o líquido fica sob pressão e deve circular com mais velocidade que no caso do termossifão.
Quais os defeitos considerados comuns nesse sistema?
Em veículos considerados mais modernos disponíveis no mercado, a maioria dos problemas é causada pela falta de cuidado ou por perda do líquido de arrefecimento. Inclusive, muitos condutores se acostumam com esse tipo de situação e completam com frequência a água de maneira incorreta. Nem preciso dizer que isso gera prejuízos e insegurança a longo prazo, né?
Confira abaixo os defeitos mais comuns no sistema e se programe adequadamente no planejamento da gestão de frota:
selos do motor;
bomba d’água;
reservatório de expansão;
encaixes das mangueiras e tubulações;
união da colmeia e das caixas plásticas do radiador;
sistema de ar quente;
queima da junta do cabeçote.
Quais os riscos de sistemas com defeitos?
Identificar sinais que podem gerar o indesejado superaquecimento é essencial para evitar prejuízos ao veículo. Com isso, além de prestar atenção no desempenho no dia a dia, vale ligar o alerta vermelho em algumas situações. São elas:
fumaça saindo do capô;
luz de advertência vermelha no painel;
medidor de temperatura chegando ao máximo.
Você deve considerar também que quando o sistema apresenta problemas, rodar com a temperatura elevada por muito tempo pode fazer com que o motor ferva. Sem contar que a temperatura excessiva também aumenta as chances de as juntas do cabeçote derreterem.
Quais os principais cuidados com esse sistema?
É muito importante tomar alguns cuidados especiais para que esse sistema seja eficiente. Para isso, vá além da água no reservatório. O recomendado, aqui, é a mistura de água desmineralizada com aditivo que deve ser estrategicamente preparada a fim de preservar os componentes.
Vale verificar o nível do líquido no reservatório semanalmente e, se estiver baixo, é possível existir algum tipo de vazamento. Porém, atenção: nunca se deve abrir a tampa do componente se o veículo estiver ligado ou logo após estar em funcionamento. A água pode literalmente explodir e queimar você.
Chegamos ao fim, caro amigo. Quero destacar novamente que o sistema de arrefecimento do motor realmente deve ser avaliado constantemente na frota. A ideia é preservar a segurança do motorista e garantir o bom desempenho do veículo.
Não se esqueça de fazer revisões periódicas, de manter os níveis sempre em dia para evitar problemas de segurança dos motoristas e gerar economia com manutenções corretivas, beleza?
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